Toda reação ao externo
Independente da relação dual da culpa
É uma consequência do interno
Um reflexo de valores, visões ou estado
Estado aquele de espírito
Sendo bem ou mal cuidado
As vezes cegos de nós mesmos
Reagimos e descontamos ao que nos incomoda
Em quem nos incomoda
Nos prendendo nessa eterna roda
E, certos de que o motivo está no outro lado, nos iludimos
Sem nos dar de conta de que o fora está dentro
Nos apegamos no efeito sem ligar para a causa
E encontramos no outro apenas um reflexo
Daquilo que, sem enxergar ou ter consciência, se reconhece em nós
Para perceber precisamos dos espelhos
Aqueles que não se vendem nem se doam
Apenas se constroem, inseparável de quem o carrega
Que, em seu reflexo, quando o encaramos
Quando nos encaramos
Encontramos a real causa
Por isso que cada ação sobre o próximo
Cada ataque, julgamento, pre… e pré-conceito de ser
Diz mais sobre quem o faz do que com quem o é feito
Afinal, qualquer um corre o risco de ser o alvo da vez
Tanto a história quanto o presente evidenciam
Em tempos de ódio, justiceiros se cegam
Contraditores são reverenciados
Divididos se prendem em seus lados
E o espírito se encontra mal resolvido
Se mostrando em bocas sedentas de ódio
Vomitando insultos intolerantes
Verdadeiro ao mostrar a cara de quem o joga
Apoiando quem prega violência
Que, em seu ódio, se paralisa
E, paralisado, pensa que não será cobrado
Como se não houvesse o tempo
Que corre, que leva e trás
Isso é energia
Criamos e atraímos
É sobre saber onde usar a sua
Onde investir para o presente e futuro
Harmonizando intensidades e intenções
Desapegando de dualidades
Com consciência de que saber plantar
É também saber cuidar
O mundo pede paz
E, para se sintonizar
Basta, genuinamente, amar
Primeiramente se olhar
E começar a se cuidar.
Com amor,
BruL
